domingo, 31 de outubro de 2010

we are unlimited

nunca te pareceu estranho, que as nossas vidas ás vezes sejam tão dificies, sendo nós tão inteligentes? aqui estamos, esta especie altamente inteligente que consegue dividir átomos, voar para a lua, e no entanto passamos a vida a matar-nos uns aos outros, a ter ataques cardíacos ou a morrer de fome. ou a isto, será que se chama a dita condição humana?
a única coisa que essa parte grandiosa tem, é uma alegria inexplicável, poder, ousadia, e segurança infinita, pois é o bem-estar! e... e.. isso é o que nós, enquanto sua extensão fisica, realmente somos. puro infinito de bem-estar. basta darmos uma oportunidade a nós mesmo para que assim seja!
escusado será dizer em que pensámos repetidas vezes, em que continuos segmentos, toda uma série de frustração, de tensão, e de ansiedade portudo e por nada. até esse momento, essa foi, basicamente, a forma como esculpimos as nossas vidas, com toda esta atenção, incessante em tudo o que não queremos, produzindo uma corrente enorme de tensões negativas.
e assim, como os nossos pais, antes de nós e antes deles os nossos avós, recuando sabe Deus quantos milhões de anos, temos lutado, temos debatido, fatigado, preocupado, e morrido muito antes do nosso tempo, devido a exigências de vida completamente desnecessárias. acreditamos ser essa a condição humana, uma parte da calamidade infeliz a que passamos a chamar de realidade. mas a condição humama, é um mito. e também o é, vendo bem, aquilo a que chamamos realidade.
toda a insistência foi insuficiente para desvendar a pequena intriga, a fisica que cria cada momento dos nossos dias.
viver sem medo? ter um relacionamento bem sucedido? ter uma vida preenchida? ter excelente liberdade, saúde, independência? aí está, se souber como sentir isto acontecer.
fazer, fazer, fazer; trabalhar, trabalhar, trabalhar, esforçar-se, suar, moirejar, e no fim, se tivermos sorte, talvez consigamos ser os primeiros.
quando me canso de fazer uma coisa, faço outra qualquer, mas não a deixo desaparecer como uma vela.
se eu desejo mudar alguma coisa, tenho de mudar a maneira como pensar nela, é suficiente.
páro de me concentrar, de reagir ou de me preocupar com a minha forma de controlar condições que ainda não mudaram. isso vai-me trazer o mesmo.
deixei de ser fraca de espirito. ambiciono qualidade, bem como quantidade! e não deixei nunca de criar novos quereres. a energia ultra-elevada de que eu sou o fruto, precisa por onde fluir.
parei de pensar que não irá acontecer. essa vibração garantirá isso mesmo.
não tenho medo de olhar para uma coisa que não quero. olho para ela de todos os ângulos, depois ponho em marcha os seus desejos, ou as suas intenções.
não lamento nada; essa é a forma de fluir extraordinariamente negativa.
não penso, sinto. nós criamos sentido, não pensado! nós obtemos as coisas pela forma como sentimos, e não, tentando encaixar tudo no lugar ou controlando as nossas mentes.
deito as mãos a toda e qualquer coisa em busca de alivio para o tédio e à rotina diária, e no entanto, a maioria das vezes ainda ando à procura. porquê? por que razão nunca aprendi o simples segredo para viver uma vida boa, o que isso representa para mim? continuo a lutar e a esgravatar como uma fera, para que com o tempo, consiga obter a chave para os meus desejos mais profundos. é tão elementar como a própria vida? as coisas não chegam até mim por algum golpe de boa ou má sorte, por acidente, coincidência ou por bater com a cabeça contra as paredes.
sinto-me deprimida por não ter algo que desejo, mesmo que seja para me sentir bem.
como consigo o que consigo na vida?
justifico e racionalizo, porque me falta a aprovação de alguém (incluindo a minha!).
tenho medo do que anda lá "lá fora", porque me falta a sensação de segurança.
desculpa, mas... a minha vida está a espera.
há tantas coisas em que nunca pensámos por falta de tempo! na esperança, por exemplo. quem vai perder cinco ou dez minutos a pensar na esperança, quando pode usá-lo muito mais proveitosamente a ler, a falar com as pessoas ou ir ao cinema? pensar na esperança, que coisa imbecil! até dá vontade de rir. na esperança… sempre há gente… e ela metida como areia nas pregas e nas bainhas da alma. passam anos, passam vidas, aí vem o último dia, a última hora, o último minuto e ela então aparece a torna inesperado aquilo que esperávamos, a fazer o que já era amargo ainda mais amargo. a tornar mais difíceis as coisas. há tanta gente que vive setenta e oito anos, até mais, sem dar de conta.
sinto-me só, mais do que nunca. todos estamos sozinhos. sozinhos e muita gente à nossa volta. tanta gente! e ninguém vai fazer nada por nós. ninguém pode. ninguém queria, se pudesse... nem uma esperança.
as pessoas que enchem o meu mundo, são diferentes das dos outros. no fundo, é muito provável que algumas delas sejam as mesmas, mas aí está, se fosse possível encontrarem-se, não se reconheciam. a vida é uma coisa estranha, consegues explica-la? não, ninguém consegue. e não há ninguém!, com a vida igual. o tempo também parou.
os ponteiros do relógio continuam a andar, mas as horas são iguais. deixaram de existir as que eram feitas para comer e para dormir, as horas de falar com os outros, as de trabalhar e as que eram unicamente minhas. agora todas me pertencem, não dou por elas. só há noite e dia, mas a manhã deixou de ser principio e de limar as arestas às coisas.
tudo parou.
até os carros que passam na rua e as vozes que vêm lá de fora, porque já não entram em mim. até a chuva que bate no vidro, porque o seu ruído passou a ser silêncio.
mas afinal, quem somos nós?